As 50 maiores empresas portuguesas têm pouca exposição na Internet

As maiores empresas cotadas na Euronext Lisbon estão muito menos presentes na Internet do que as congéneres internacionais, concluiu um estudo sobre a reputação empresarial na Internet que a consultora de comunicação Imago-LLorente e Cuenca apresentou hoje. De acordo com o estudo, das 50 maiores cotadas no mercado português, 57% não tem página na rede social Facebook, 76% não tem um canal no Youtube, e 73% está fora do serviço de mensagens curtas do Twitter.

Do total dos referentes internacionais utilizados no estudo, 85% já tem pelo menos espaço próprio no Facebook, só 17% não gere um canal próprio no Youtube e 23% não tem canal no Twitter. Quanto à visibilidade, ainda segundo o estudo, só as sociedades anónimas desportivas do Porto e do Sporting marcam presença na lista das 20 empresas mais visíveis na Internet, em 11.º e 19.º lugar, respectivamente. O trabalho conclui ainda que 37% das 50 maiores empresas cotadas na Euronext Lisbon têm pelo menos um resultado negativo nos primeiros 20 resultados do motor de busca Google.
Na apresentação do estudo, e destacando a importância da presença das empresas portuguesas na Internet, Carlos Matos, director-geral da Imago-LLorente e Cuenca, sublinhou a importância da gestão da reputação no momento actual da economia portuguesa.
“A reputação é uma peça decisiva para o futuro da economia portuguesa e dos seus agentes e empresas, em particular”, realçou. A análise da Imago-LLorente e Cuenca debruça-se também sobre o papel dos responsáveis pelas maiores cotadas portuguesas, referindo que, quanto à notoriedade, 55% dos gestores portugueses têm um resultado negativo nos primeiros 20 resultados da pesquisa no Google.
As buscas no Youtube revelam ainda, segundo a consultora, que 37% dos gestores vêem o nome associado a um resultado negativo, sendo as referências sobretudo neutras ou não existentes no Facebook ou no Twitter.
Os gestores de empresas do sector da comunicação social são, em Portugal, os que têm maior visibilidade na Internet, “em alguns casos com mais expressividade que as empresas que representam”, diz a análise, enquanto no Youtube são os executivos do sector desportivo que ganham o campeonato da notoriedade, no Facebook vencem os gestores do sector de telecomunicações e tecnologias de informação.